Jorge
Luís Borges não dava grande importância ao talento criativo de que era dotado.
Modéstia? Não! Realismo. Consciência do que fazia e porque se dedicava a essa
atividade. Escreveu: “Creio que os escritores somos amanuenses de algo secreto,
que se pode chamar, segundo a tradição homérica, de ‘musa’; segundo a tradição
hebréia, ‘ruach’, o ‘espírito’; ou segundo a fria mitologia moderna, ‘inconsciente’
ou ‘subconsciente’; ou segundo a bela expressão do grande poeta irlandês
William Buttler Yeats, a ‘grande memória’”. Sim, amigos, é isso o que somos.
“Amanuenses de algo secreto”. Apesar de nossa aparência não lembrar, sequer
remotamente, o planeta que habitamos – achamo-la bela e harmoniosa; mas será
que algum hipotético ET, inteligente e com aguçado critério estético, que
tivesse o aspecto que para nós fosse monstruoso, mas que, por sua vez, nos
achasse monstros para seus padrões, teriam a mesma opinião? Certamente que não!
– somos uma espécie de representação em miniatura da Terra que nos acolhe e
possibilita viver. Pelo menos nosso rosto assim o sugere, dado o formato
esférico da nossa cabeça. Borges observou isso, mas não dessa forma tosca e
imperita com que eu fiz. Escreveu o seguinte, numa espécie de parábola: “Um
homem propõe-se a tarefa de desenhar o mundo. Ao longo dos anos povoa um espaço
com imagens de províncias, de reinos, de montanhas, de baías, de naus, de
ilhas, de peixes, de quartos, de instrumentos, de astros, de cavalos e de
pessoas. Pouco antes de morrer, descobre que este paciente labirinto de linhas
traça a imagem do seu rosto”.
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