Saturday, September 05, 2015

Jorge Luís Borges não dava grande importância ao talento criativo de que era dotado. Modéstia? Não! Realismo. Consciência do que fazia e porque se dedicava a essa atividade. Escreveu: “Creio que os escritores somos amanuenses de algo secreto, que se pode chamar, segundo a tradição homérica, de ‘musa’; segundo a tradição hebréia, ‘ruach’, o ‘espírito’; ou segundo a fria mitologia moderna, ‘inconsciente’ ou ‘subconsciente’; ou segundo a bela expressão do grande poeta irlandês William Buttler Yeats, a ‘grande memória’”. Sim, amigos, é isso o que somos. “Amanuenses de algo secreto”. Apesar de nossa aparência não lembrar, sequer remotamente, o planeta que habitamos – achamo-la bela e harmoniosa; mas será que algum hipotético ET, inteligente e com aguçado critério estético, que tivesse o aspecto que para nós fosse monstruoso, mas que, por sua vez, nos achasse monstros para seus padrões, teriam a mesma opinião? Certamente que não! – somos uma espécie de representação em miniatura da Terra que nos acolhe e possibilita viver. Pelo menos nosso rosto assim o sugere, dado o formato esférico da nossa cabeça. Borges observou isso, mas não dessa forma tosca e imperita com que eu fiz. Escreveu o seguinte, numa espécie de parábola: “Um homem propõe-se a tarefa de desenhar o mundo. Ao longo dos anos povoa um espaço com imagens de províncias, de reinos, de montanhas, de baías, de naus, de ilhas, de peixes, de quartos, de instrumentos, de astros, de cavalos e de pessoas. Pouco antes de morrer, descobre que este paciente labirinto de linhas traça a imagem do seu rosto”.

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Livros que recomendo:

“Balbúrdia Literária”José Paulo Lanyi – Contato: jplanyi@gmail.com
“A Passagem dos Cometas” – Edir Araújo – Contato: edir-araujo@hotmail.com
“Aprendizagem pelo Avesso”Quinita Ribeiro Sampaio – Contato: ponteseditores@ponteseditores.com.br
“Um dia como outro qualquer” – Fernando Yanmar Narciso.  

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