Região
testa potencial turístico no Carnaval
Pedro J. Bondaczuk
O Carnaval deste ano confirmou o grande potencial
turístico da região, razoavelmente explorado em algumas cidades e, em outras,
nem tanto. E não nos referimos apenas ao chamado Circuito das Águas, cuja
economia depende quase que exclusivamente do turismo. Daí contar com estrutura
hoteleira adequada para acolher os que nesta época para lá acorrem em busca de
lazer, ou de descanso, ou de ambos.
Há municípios, contudo, que não têm como abrigar
visitantes e que, no entanto, organizaram um bom Carnaval (ou outros eventos,
em outras épocas do ano). Com isso, acabam por perder dinheiro ou por deixar de
ganhá-lo, o que dá na mesma.
Esses turistas, que às vezes são subestimados pelas
administrações municipais, e não são devidamente paparicados, movimentam o
comércio, geram divisas e, portanto, são bem vindos. Ou deveriam ser. No geral,
a região não decepcionou e pôde oferecer, neste ano, boas atrações aos que a
procuraram.
O destaque ficou com Rio Claro e seu já tradicional
desfile de escolas de samba, considerado até requintado em termos interioranos,
embora Piracicaba e Santa Bárbara D’Oeste, entre outras, mereçam, também,
menção.
Em várias cidades, os salões – de clubes ou de
hotéis que promovem bailes tradicionais – deram o tom. Ali, reinou muita
animação e os incidentes, ao que se sabe, foram, felizmente, poucos. É o caso
de Serra Negra, que atraiu turistas de todo o Estado e, ao que parece, teve um
Carnaval bem-sucedido.
Outras estâncias do Circuito das Águas também
tiveram o mesmo êxito, embora não contassem com tanta divulgação. Mas turismo é
uma fonte de renda tão preciosa que as promoções para atrair visitantes não
podem, e nem devem, se restringir a um único evento e a uma época específica do
ano.
No mundo todo, é hoje uma poderosa indústria,
empregando milhões de pessoas e constituindo-se, inclusive, na maior atividade
econômica de alguns países. E a região tem o que mostrar. Não somente o seu
Carnaval, frise-se.
Possui atrações à vontade, também, para quem não
gosta de folia e quer apenas descansar, ou meditar ou espairecer. Além de
inúmeros locais de recreação e lazer, conta com um aparato cultural
respeitável, faltando, na maioria dos casos, apenas mais um pouco de propaganda
(quem não divulga, se esconde). E, claro, a criação de infraestrutura hoteleira
adequada para acolher os visitantes, que tendem a aumentar de ano para
ano.
(Artigo publicado na página 2, do caderno
Metropolitano, do Correio Popular, em 2 de março de 1995)
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