Monday, August 11, 2014

Região testa potencial turístico no Carnaval


Pedro J. Bondaczuk


O Carnaval deste ano confirmou o grande potencial turístico da região, razoavelmente explorado em algumas cidades e, em outras, nem tanto. E não nos referimos apenas ao chamado Circuito das Águas, cuja economia depende quase que exclusivamente do turismo. Daí contar com estrutura hoteleira adequada para acolher os que nesta época para lá acorrem em busca de lazer, ou de descanso, ou de ambos.

Há municípios, contudo, que não têm como abrigar visitantes e que, no entanto, organizaram um bom Carnaval (ou outros eventos, em outras épocas do ano). Com isso, acabam por perder dinheiro ou por deixar de ganhá-lo, o que dá na mesma.

Esses turistas, que às vezes são subestimados pelas administrações municipais, e não são devidamente paparicados, movimentam o comércio, geram divisas e, portanto, são bem vindos. Ou deveriam ser. No geral, a região não decepcionou e pôde oferecer, neste ano, boas atrações aos que a procuraram.

O destaque ficou com Rio Claro e seu já tradicional desfile de escolas de samba, considerado até requintado em termos interioranos, embora Piracicaba e Santa Bárbara D’Oeste, entre outras, mereçam, também, menção.

Em várias cidades, os salões – de clubes ou de hotéis que promovem bailes tradicionais – deram o tom. Ali, reinou muita animação e os incidentes, ao que se sabe, foram, felizmente, poucos. É o caso de Serra Negra, que atraiu turistas de todo o Estado e, ao que parece, teve um Carnaval bem-sucedido.

Outras estâncias do Circuito das Águas também tiveram o mesmo êxito, embora não contassem com tanta divulgação. Mas turismo é uma fonte de renda tão preciosa que as promoções para atrair visitantes não podem, e nem devem, se restringir a um único evento e a uma época específica do ano.

No mundo todo, é hoje uma poderosa indústria, empregando milhões de pessoas e constituindo-se, inclusive, na maior atividade econômica de alguns países. E a região tem o que mostrar. Não somente o seu Carnaval, frise-se.

Possui atrações à vontade, também, para quem não gosta de folia e quer apenas descansar, ou meditar ou espairecer. Além de inúmeros locais de recreação e lazer, conta com um aparato cultural respeitável, faltando, na maioria dos casos, apenas mais um pouco de propaganda (quem não divulga, se esconde). E, claro, a criação de infraestrutura hoteleira adequada para acolher os visitantes, que tendem a aumentar de ano para ano.         

(Artigo publicado na página 2, do caderno Metropolitano, do Correio Popular, em 2 de março de 1995)


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