Sonho impossível
Pedro J. Bondaczuk
Vêm ressaltar que eu sou somente humano,
meus gestos, atos, ocas ambições,
iniciativas e contradições,
meu sonho grande, impossível e insano:
a fuga da condição animal
num tosco arremedo da divindade,
buscando, pela criatividade,
ser eterno, poderoso, imortal.
Deixar no mundo lisonjeira imagem,
embora falsa, na íntima essência,
porquanto o que importa é a mensagem
respaldada numa intensa vivência.
Isto hei de deixar da minha passagem
pela vida, como minha ciência.
(Soneto composto em Campinas, em 24 de fevereiro de 1976).
Acompanhe-me pelo twitter: @bondaczuk
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