Poema de agora
Pedro J. Bondaczuk
Não indago o amanhã
com seus mistérios
e desígnios insondáveis,
surpreendentes, inquietantes.
Não acalento esperanças
nem dou guarida a temores.
Não alimento desejos
e jamais elaboro planos.
Não projeto anseios
além do momento presente,
enquanto presente,
fração do tempo,
enquanto fato, gesto,
ATO, dinâmico e vivo.
Só o agora importa,
vale e se impõe
e exige ação:
só o agora é concreto!
O futuro não conta,
é mera possibilidade,
projeção estatística.
Passado é tempo sepulto,
morto, irreversível
de resultado imutável.
Só o agora importa,
vale e se impõe
e exige ação:
Só o agora é concreto.
É um tempo
sem fantasmas
e nem esperas.
Não admite planos,
projetos, reflexão.
Exige, somente,
ação, ação, AÇÃO!!!
(Poema composto em Sumaré, em 16 de setembro de 1974).
Acompanhe-me pelo twitter: @bondaczuk
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