Apenas rastros
Pedro J. Bondaczuk
Sutis pegadas de pés na areia
da praia do Tempo, extensa e rude...
A ilusão do “eterno” incendeia
a mente, despida de atitude.
Sou mortal, efêmero e sem rumo.
Sou frágil, perecível e humano,
mas reluto, nego e não assumo
minha insignificância. Que engano,
que tolice, quanta ingenuidade,
tentar desbravar a eternidade
quando o tempo de vida escasseia!
Afinal, caio na realidade:
de mim restarão, creia ou não creia,
tão só rastros dos meus pés na areia!
(Soneto composto em 22 de dezembro de 2004 em Campinas).
Acompanhe-me pelo twiotter: @bondaczuk
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