Pedro J. Bondaczuk
A serpente rubra do dia
rasteja nos limites do horizonte
levando consigo a luz...
Um gigante zeloso,
--- talvez seja Atlas, não sei! ---
cobre afoito o mundo
com o seu manto de trevas,
todo ele incrustado
de pirilampos de luz...
No entanto, um anjinho branco,
muito trêfego, brincalhão,
rasga este manto da Noite...
E a lua, de cara gorda,
exibe seu rosto risonho
e seus cabelos de prata...
E o vendedor de ilusões
vai pelas estradas da noite,
vara os campos do céu
semeando, diligente,
nas almas, nos corações,
amores, tristezas, saudades...
Eu gosto da Noite...!
Nela vivem os meus fantasmas...!
(Poema composto em Campinas em 20 de abril de 1967 e publicado no "Jornal do ACP", de Paulínia, em 10 de outubro de 1970).
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