A Pérola da Amazônia
Pedro
J. Bondaczuk
A cidade amazonense de
Parintins, já chamada por muitos dos que a conheceram recentemente de “A Pérola
da Amazônia”, tem muitas outras coisas a oferecer ao turista, interno ou
externo, que a visita, além do seu vitorioso Festival Folclórico. Este é, sem
dúvida, seu cartão de visitas. É o fator
principal (em muitos casos, único), que atrai tanta gente, anualmente, para lá.
Mas o município conta com outras tantas atrações, pouco ou nada divulgadas,
mormente para os brasileiros das grandes metrópoles, que pouco, ou nada, sabem
sobre a maior parte deste país de dimensões continentais e que se fascinam, se
embevecem e se apaixonam quando chegam àquele lugar tão distante.
Sua principal atração,
digamos, “física”, é a floresta, que excita a imaginação de quem pisa em
Parintins pela primeira vez. Além disso, a cidade é cercada por lagos, ilhotas
e até por uma pequena serra, um tanto rara na região. Tem paisagem
deslumbrante, majestosa, de tirar o fôlego do visitante. Dada sua localização,
às margens do maior rio do mundo em volume de água, o Amazonas, seu principal
meio de transporte é o fluvial. Parintins conta, porém, com um aeroporto
municipal bastante concorrido, com capacidade para aeronaves de médio porte.
Em condições “normais”,
ou seja, fora da época do seu festival folclórico, o município é atendido por
duas empresas aéreas: A MAP Linhas Aéreas e a TRIP Linhas Aéreas. No pico da
temporada turística, porém, quando da realização da sua festa maior, é servido,
também, por vôos da Gol. Todavia, até por questão de curiosidade, os turistas
mostram nítida preferência pelas viagens de barco.
Parintins conta com
importante porto que atende, praticamente, a todo o Norte do País, recebendo e
despachando cargas e passageiros procedentes ou com destino aos Estados do
Amazonas, Pará, Rondônia e algumas áreas do Mato Grosso. Nove companhias de
barco fazem a ligação regular da cidade com Manaus, de ida e volta, com duas
viagens por semana em ambos os sentidos. Mas o porto recebe, também, outras
embarcações, geralmente particulares ou de empresas do Pará, que ligam o
município com as mais diversas localidades paraenses.
De uns anos para cá,
com o crescimento da população e do fluxo turístico, tem crescido o serviço de
lanchas rápidas, que transportam os “apressadinhos” e os que têm condições de
pagar por esse serviço, naturalmente mais caro, tanto para Manaus, quanto para
diversas cidades vizinhas ou localizadas em território paraense. São três as
companhias que exploram esse tipo de transporte: a Ajato Aliança, a Noiva e a
Pérola. A viagem, em barcos de linhas regulares, entre Parintins e Manaus,
dura, em média, de 22 a 24 horas. Já por lancha rápida, esse mesmo trajeto é
coberto em menos da metade do tempo, ou seja, em no máximo 10 horas. Embora
mais caro, portanto, compensa para os que se dirigem para a capital, ou
retornam dela, a negócios e não a turismo.
No âmbito educacional,
a cidade é considerada modelo para toda a região amazônica. A enciclopédia
eletrônica Wikipédia informa, por exemplo, a esse propósito: “No setor de
educação e capacitação profissional, o município, além de dispor de uma ampla
rede de escolas (estaduais, municipais e privadas), conta com um campus da
Universidade do Estado do Amazonas e algumas faculdades particulares, com
diversos cursos superiores ofertados. Dispõe, ainda, de unidades do Senai,
Senac e Sesi e, em função disso, os índices de alfabetização e capacitação
profissional do município estão entre os mais altos do Estado do Amazonas”.
Claro que, como todas
as cidades brasileiras, Parintins tem, igualmente, muitas carências. Mas estas
não são maiores e nem mais graves do que as da imensa maioria (se não da
totalidade) dos mais de seis mil municípios brasileiros. E em termos regionais,
se destaca e apenas perde, quer em população, quer em riqueza e importância, para Manaus, a capital
do Estado. Parintins, cuja padroeira é Nossa Senhora do Carmo, tem origem
indígena. Originou-se da expansão da aldeia dos Tupinambás. Não por acaso, a
ilha em que está localizada se chama Tupinambarana que foi, por muito tempo, a
denominação do próprio município, quando este era apenas uma freguesia. Seu
nome atual deve-se aos índios parintins, um dos vários povos autóctones que
habitavam (e ainda habitam) a região.
Vocês querem conhecer
mais sobre essa mini-metrópole da selva amazônica, merecidamente chamada de “A
Pérola da Amazônia”? Ora, ora, ora, visitem-na!!! Além de terem a oportunidade
de assistir, in loco, a uma das mais relevantes manifestações culturais preservadas
da América Latina, que é o seu magnífico festival folclórico, poderão conhecer
parte da maior bacia hidrográfica do mundo e da mais importante floresta que
ainda permanece de pé no Planeta. E, claro, de conviver, principalmente, com um
povo afável, alegre e acolhedor.
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