Friday, July 26, 2013

Horizontalidade

Pedro J. Bondaczuk 

Sou retilíneo e horizontal.
Amo o ilimitado, o espaço
infinito, a imensidão e a luz.

Filho de Horizontina, amo
os vastos horizontes
que escondem mistérios
e fabricam surpresas
para minha mente horizontal.

Horizontes alaranjados,
de tranqüilos fins de tarde
de luminosos dias de Primavera.
Horizontes de chumbo
que precedem tempestades
em manhãs calorentas de verão.
Horizontes azuis, como meus sonhos
de poeta apaixonado pela vida,
porquanto tenho mente cartesiana,
metódica, retilínea e horizontal.

Filho de Horizontina,
trago horizontes no DNA,
na pele, no corpo, nas mãos,
em gestos espontâneos,
em anseios de liberdade,
na forma peculiar de amar:
retilínea, previsível, constante,
progressiva e... horizontal.

(Poema composto em Campinas, em 3 de janeiro de 2012).


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