Resta o sal
Pedro J. Bondaczuk
Nem cuidar e nem descuidar demais
dos perigos que tem este caminho
que, um dia, você trilhará, sozinho,
com os seus sonhos, anseios e ais;
saber resguardar as suas feridas,
sua chaga ressequida e amarela,
sem deixar que o excesso de cautela
o detenha em sua arremetida
rumo à conquista do seu ideal,
será sua atitude mais sensata,
embora seja uma tarefa ingrata
que exige um esforço descomunal.
Seus sonhos, um a um, o tempo mata,
o suor se evapora e resta o sal.
(Soneto composto em Campinas, em 15 de agosto de 1975).
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