O gênio da noite
O gênio da
noite pousou
Subitamente na
minha rua.
Imperou a
melancolia.
Deflagrou
amores,
Rompeu amores,
Promoveu
ódios,
Acabou com
ódios,
Despertou o
tédio,
Pôs fim ao
tédio,
Entediou-se,
bocejou
E depois se
foi.
O gênio da
noite voltou a pousar
Subitamente,
vindo do nada,
Na rua da
minha ilusão,
Com suas
estripulias,
Ora
construindo,
Ora destruindo
Paradoxais
sentimentos
E, quase sem
querer,
tornou-me, irremediavelmente, triste!
(Poema composto em Campinas,
em 7 de outubro de 1965).
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