Brasa
Pedro J. Bondaczuk
Eu tenho
brasas no peito,
em grandes,
ígneos lampejos
porque sinto
ser afeito
a conquistar
meus desejos.
O meu corpo
está queimando,
está ardendo,
lentamente,
em desejos,
ansiando
por esse seu
corpo quente.
É algo que me
consome,
com método,
com furor.
Querida, eu
estou com fome:
com muita fome
de amor.
Porque sou
fogo que arde,
transforma
lenha em carvão.
e, mais cedo
ou mais tarde,
desperto sua
tensão.
E, bem à minha
maneira,
sem qualquer
método ou nexo,
mesmo que você
não queira,
acendo fogo em
seu sexo.
Vencida a
resistência,
você entregue,
afinal,
hei de amá-la,
com ciência,
numa cópula
animal.
Eu serei breve
e preciso
em meu
consciente carinho.
você irá ao
Paraíso,
sem que
conheça o caminho.
Seu corpo,
tenso e vibrante,
se
contorcendo, em espasmo,
conhecerá o
delirante
prazer que
causa o orgasmo.
Satisfeitos,
corpos lassos,
os desejos
saciados,
mantê-la-ei
nos braços,
dormiremos
abraçados.
E durante
todos dias
de uma vida
inteirinha,
mostrarei as
alegrias
de você ser
sempre minha.
Viverei, com
muito amor,
realizado e
satisfeito.
Seja minha,
por favor,
pois tenho
brasas no peito!
(Poema
composto em São Caetano
do Sul, em 7 de maio de 1964).
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