Pirataria e Direito Autoral
Pedro J. Bondaczuk
A indústria fonográfica no
Brasil, dada a qualidade dos nossos compositores, músicos e
cantores, está de vento em popa. Deve encerrar o balanço de 1997
com o expressivo faturamento de US$ 1 bilhão --- o de 1996 foi de
US$ 884 milhões. A cifra consolida a posição do País como o sexto
no ranking mundial de venda de Compact Disks e cassetes.
Todavia, os artistas
brasileiros vêm sendo prejudicados por esta verdadeira praga, que é
a "pirataria". Deixam de receber direitos autorais, que vão
parar no bolso de espertalhões, que nada mais fazem do que tirar
cópias ilegais de suas obras, com lucros fabulosos, já que
praticamente sem custos.
Em 1997, de acordo com dados
da Associação Protetora dos Direitos Intelectuais Fonográficos,
entidade financiada pelas sete maiores gravadoras do País, de um
total de 5 milhões de fitas originais, 60 milhões eram piratas. Ou
seja, os falsificadores venderam 12 vezes mais do que os que
trabalham dentro da lei.
Há verdadeiras quadrilhas
internacionais operando na China, EUA e países do Sudeste Asiático.
As autoridades mostram-se impotentes diante da pirataria, embora
sejam feitas grandes apreensões do material pirateado (recentemente
foram apreendidos 500 mil CDs em Foz do Iguaçu), que não passam de
gotas de água em um oceano de ilegalidade.
(Editorial número dois
publicado na página 2 do Correio Popular em 18 de janeiro de 1998).
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