Wednesday, November 29, 2017

A hora da verdade


Pedro J. Bondaczuk

A campanha para o Segundo Turno das eleições municipais terminou na quinta-feira, com os candidatos, pelo Brasil afora, queimando seus últimos cartuchos na desesperada tentativa de convencer eleitores que eventualmente ainda estivessem indecisos, fazendo aquilo que em política se convencionou chamar de corpo-a-corpo.. Agora, a sorte está lançada. Chegou a hora da verdade.

O que o cidadão decidir, nas urnas, neste domingo, estará decidido e vai fazer efeito por quatro anos. Por isso, nunca é demais recomendar bastante reflexão antes da hora do voto. Afinal, o munícipe vai decidir a quem entregar a administração da sua comunidade, ou seja, a pessoa que vai influir, diretamente, na sua vida, no seu patrimônio, no seu conforto e na sua tranquilidade.

Em Campinas, dois deputados federais, Hélio de Oliveira Santos, do PDT, apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu ministério, e Carlos Sampaio, do PSDB, que conta com o apoio do governador Geraldo Alckmim e de 18 vereadores eleitos em 3 de outubro, disputam, palmo a palmo, o comando de uma das mais ricas, progressistas e paradoxalmente problemáticas metrópoles do País.

A campanha, que havia sido caracterizada pela tranquilidade e até por certo marasmo no Primeiro Turno, esquentou neste Segundo, com contundentes trocas de acusações por parte dos dois candidatos nesta reta final. Nada, porém, que viesse a deslustrar um processo caracterizado pela lisura. Certamente esse debate mais ácido faz parte da estratégia dos marqueteiros dos dois postulantes.

Chegou, finalmente, o momento de saber até que ponto as pesquisas de opinião estavam certas ou não. Não raro, elas furam, como ocorreu em vários cidades importantes do País na primeira rodada de votação deste ano. Ninguém ganha eleições de véspera e nem sempre o pesquisador consegue detectar qual é a verdadeira vontade do eleitor. Daí a expectativa que cerca a votação deste domingo, não somente por parte dos candidatos, mas de toda a população.

Em momentos como este, só se pode recomendar o óbvio. Ou seja, que o cidadão escolha o melhor programa e vote livremente, de acordo somente com a sua consciência, sem se deixar influenciar por nada e por ninguém. Que não troque o seu voto por favores ou promessas de vantagens pessoais ou para parentes, já que isso se constitui em crime eleitoral. Quem recorre a esse expediente, portanto, não merece sequer o respeito de quem quer que seja, quanto mais a confiança para governar uma cidade. E que, sobretudo, vença o melhor. Se tudo correr como se espera, ou seja, se imperarem a ordem e a tranquilidade e se o processo eleitoral for caracterizado pela absoluta lisura, haverá, com certeza, um grande vencedor de antemão: a democracia. Que assim seja!

(Editorial redigido em 31 de outubro de 2004).


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