Pausa
para meditar
Pedro J.
Bondaczuk
As tensões da vida moderna, mormente na área profissional
--- onde a alta tecnologia suprime milhões de empregos, definitivamente, pelo
mundo afora, a cada ano --- são as principais responsáveis por um fenômeno crescente
nos nossos dias: o estresse. Esse estado psicológico, que se reflete no
organismo, se caracteriza, entre outros sintomas, por um estado de permanente
cansaço, dores de estômago, diarréia, insônia, irritabilidade e elevação da
pressão arterial. Apesar de existirem técnicas para conviver com essa situação
e até usá-la a nosso favor, para produzir mais e melhor, não se recomenda sua
adoção, pelos riscos que envolve. O estresse pode até matar, sendo causa
freqüente de enfartes e de derrames.
Nossas considerações, todavia, não se concentram no
aspecto médico, mas no comportamental e econômico. O indivíduo estressado está
sempre nervoso, brigando com os companheiros de trabalho, com a família, com os
amigos e com os subordinados (quando se trata de chefe). Arruina, portanto,
qualquer relacionamento e envenena até o ambiente mais saudável que exista.
Além disso, traz enormes prejuízos financeiros para si e para quem o emprega.
Estatísticas da Organização Mundial do Trabalho
revelam que o estresse custa, às empresas dos EUA, mais de US$ 200 bilhões
anuais em absenteísmo, produtividade reduzida, despesas médicas e processos de
indenização! Na Grã-Bretanha, provoca perdas da ordem de 10% do Produto Interno
Bruto! E no Brasil? Embora não haja levantamentos confiáveis a respeito, os
prejuízos são equivalentes, ou até maiores, do que os registrados nos países do
Primeiro Mundo. Manda a prudência, portanto, que aos primeiros sintomas desse
esgotamento extremo, se procure um médico e, sobretudo, que se adote uma postura
mais "light" frente aos problemas. Afinal, o trabalho é apenas uma
parte da vida... e sequer é a principal! Pense nisso...
(Artigo divulgado na revista eletrônica "Barão
Virtual", na Internet, na quarta semana de fevereiro de 1999)
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