Sonho

Pedro J. Bondaczuk

Quando a noite vai chegando,

lentamente, de mansinho,

salpicada de estrelas,

soltando seu bafo fresco

nas folhas a farfalhar,

quando a noite adormece,

mansamente, com carinho,

meus temores e ambições

e aquece o meu coração

com renovada esperança;

quando a noite dos fantasmas,

a madrinha dos poetas,

sugere novas ternuras

e me ensina a partilhar,

apenas sonho, sonho e sonho

e nos sonhos todos suponho

que o mundo é amplo jardim

do qual a vida é a flor.

(Poema publicado no "Jornal do ACP" de Paulínia, em 20 de dezembro de 1969).

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