Pedro J. Bondaczuk
Careço de luz! Tateio no escuro
em busca de uma sonhada saída
para o impasse obscuro da Vida,
e da Morte, certeza em meu futuro.
Caminho imerso na escuridão,
quase entregue ao inútil desespero,
que, paciente, constante e com esmero,
me rouba a paz, em minha solidão.
Caminho na noite eterna, sem rumo,
lôbrega estrada, que ao nada conduz,
treva cerrada, de pó e de fumo...
E em treva, o Tempo, também me reduz.
Rojado ao solo, sem pose ou aprumo,
aos céus eu clamo: careço de luz!
(Soneto composto em Campinas, em 14 de julho de 1970 e publicado no jornal "O Município", de São João da Boa Vista, em 21 de julho de 1971).
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