Teia de aranha
Pedro J. Bomdaczuk
Lentamente,
vai tecendo
sua teia.
O destino?
Ela enreda
indefesos,
manieta
os mais fracos,
aprisiona
os incautos.
Diligente
tecelã,
vai tecendo,
lentamente,
com paciência,
traiçoeira
armadilha.
Fuga inútil.
Liberdade
impossível.
Sentença
inexorável.
Enredados
pelo tempo,
só nos resta
esperar
o desfecho,
a picada,
o final.
A aranha,
com ferrão
assassino
inocula
no organismo
seu veneno.
É o fim.
Enredados
nestas teias
do Destino,
sucumbimos.
Conscientes...
Lentamente...
E indefesos.
(Poema composto em Sumaré, em 26 de agosto de 1974).
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