Mundo novo
Pedro J. Bondaczuk
Pra fugir dos desenganos
e do tempo, infame e louco,
dos sofrimentos humanos
que aniquilam, pouco a pouco,
a vida do mais incauto,
construí um mundo novo.
Um mundo próspero e lauto,
sem rei, coroa ou povo.
As ruas não têm esquinas,
as casas são pequeninas
e as praças são roseirais.
O sol não vê seu poente,
o amor não fica doente
nem morre ao tempo passar.
Lá nunca houve tristeza.
O meu mundo é só beleza,
poesia e muita emoção.
Criei um céu com estrelas
de inefáveis sentimentos,
de bondade e simpatia.
E nele gravei um nome,
que o vento sempre repete
na copa dos pinheirais.
Gravei um nome canção...
Um nome pra repetir
com carinho e devoção,
pra sempre, na eternidade:
gravei teu nome, Nair!
Hoje ainda vago a esmo,
pois na tarde fria se perde
a saudade de mim mesmo...
(Poema composto em São Caetano do Sul, em 15 de julho de 1964).
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