Desalento
Pedro J. Bondaczuk
Mais uma vez padeço
o desalento da solidão.
A saudade de ontem
agrega-se à de hoje
e somar-se-á à de amanhã.
Feio pássaro preto
de asa quebrada,
na noite gelada,
em infindável estrada
que demanda ao nada
sem rumo ou direção.
Ave ultrapassada...
Desalento da solidão.
Sinto-me criança
tão desamparada
que deseja tudo
mas que não tem nada
tonta nesta dança
da vida aloprada
que fácil se cansa:
criança cansada,
posto que apegada
à última esperança.
Raia a alvorada.
Espessa cerração.
A vida está parada
ou na contramão.
Alma escancarada.
Desalento da solidão.
(Poema composto em Campinas em 24 de maio de 1966).
Acompanhe-me pelo twitter: @bondaczuk
Pedro J. Bondaczuk
Mais uma vez padeço
o desalento da solidão.
A saudade de ontem
agrega-se à de hoje
e somar-se-á à de amanhã.
Feio pássaro preto
de asa quebrada,
na noite gelada,
em infindável estrada
que demanda ao nada
sem rumo ou direção.
Ave ultrapassada...
Desalento da solidão.
Sinto-me criança
tão desamparada
que deseja tudo
mas que não tem nada
tonta nesta dança
da vida aloprada
que fácil se cansa:
criança cansada,
posto que apegada
à última esperança.
Raia a alvorada.
Espessa cerração.
A vida está parada
ou na contramão.
Alma escancarada.
Desalento da solidão.
(Poema composto em Campinas em 24 de maio de 1966).
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