Boquirroto
Pedro J. Bondaczuk
Tagarela, inconfidente, boquirroto,
espalha aos quatro ventos
o adultério das flores,
fecundadas por insetos
e abelhas extraconjugais.
Incapaz de guardar segredos,
revela o destino do sêmen
de centenário baobá,
que fertiliza a terra crestada
e assegura a descendência.
Incorrigível voyeur,
flagra o tórrido romance
Dos mochos e morcegos
à luz da Lua Cheia.
Amante de escândalos,
inveterado em intrigas,
viciado em inconfidências,
intrometido contumaz,
guarda, no entanto,
a sete chaves
secreta platônica paixão.
Mas a brisa, traiçoeira,
das noites abafadas de verão,
dá o troco ao boquirroto:
apregoa, sem dó, ao mundo
seu tão resguardado segredo.
de mágoa e de frustração.
(Poema composto em Campinas, em 16 de dezembro de 2011).
Acompanhe-me pelo twitter: @bondaczuk
Pedro J. Bondaczuk
Tagarela, inconfidente, boquirroto,
espalha aos quatro ventos
o adultério das flores,
fecundadas por insetos
e abelhas extraconjugais.
Incapaz de guardar segredos,
revela o destino do sêmen
de centenário baobá,
que fertiliza a terra crestada
e assegura a descendência.
Incorrigível voyeur,
flagra o tórrido romance
Dos mochos e morcegos
à luz da Lua Cheia.
Amante de escândalos,
inveterado em intrigas,
viciado em inconfidências,
intrometido contumaz,
guarda, no entanto,
a sete chaves
secreta platônica paixão.
Mas a brisa, traiçoeira,
das noites abafadas de verão,
dá o troco ao boquirroto:
apregoa, sem dó, ao mundo
seu tão resguardado segredo.
de mágoa e de frustração.
(Poema composto em Campinas, em 16 de dezembro de 2011).
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