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Ítalo Calvino observou: "Cada vida é uma enciclopédia, uma biblioteca, um inventário de objetos, uma série de estilos, e tudo pode ser constantemente embaralhado e reordenado em todos os modos concebíveis". Escrevo para transmitir às outras pessoas as experiências que tive, com a generosidade de alguém disposto a doar algo de pessoal e que lhe é bastante precioso, a indivíduos que não conheço e com as quais provavelmente jamais terei qualquer espécie de contato. O que faço, diariamente, em meus diários e especialmente nas crônicas que escrevo, é um "streaptease" emocional. Desnudo-me perante estranhos, apesar do pudor de me mostrar por inteiro, com minhas escassas virtudes e múltiplos defeitos. O que se esconde por trás desse processo? Vaidade? Ânsia de conquistar a imortalidade e sobreviver na memória dos pósteros? Ingenuidade? Despudoramento? Talvez um pouco de tudo isso e muito mais.
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