Vistas para o futuro
Pedro J. Bondaczuk
A cidade, que tanto amamos, Campinas, completa 237 anos, com as vistas voltadas para o futuro. Não parou para glorificar os feitos dos pioneiros que a fundaram e a transformaram neste magnífico centro de cultura, de tecnologia e de geração de riquezas. Continua trabalhando, mais e mais, para poder acolher condignamente às centenas de famílias que para cá continuam chegando, sonhando construir, aqui, os seus melhores projetos de vida.
Parodiando o velho slogan de São Paulo, a “Campinas de hoje não pode parar”. E nunca pára. Mas nem por isso esquece suas origens e a fé que moveu aqueles visionários de 1774, justamente cultuados em nossa memória e colocados como exemplos, para que no nosso cotidiano, às vezes amargo e frustrante, tenhamos idêntica determinação, na ingente conquista dos nossos propósitos, na construção de uma sociedade moderna, dotada de tudo o quanto a tecnologia desenvolveu para tornar mais fácil a vida das pessoas, mas sem jamais perder de vista que o homem, o cidadão em sua individualidade, é, e sempre deve ser, o sujeito e o destinatário dessas obras.
Nenhum indivíduo pode ser despido da sua dignidade, de um ser que tem “a imagem e a semelhança” de Deus, qualquer que seja sua origem ou condição social, para transformar-se num escravo de suas próprias (e de alheias) ambições.
Por isso, a cidade jamais descansa, visando prover recursos (sempre escassos face às necessidades) para investir em educação para o campineiro de amanhã. Para proporcionar-lhe saúde, segurança e promoção social, para que o próximo milênio não nos alcance numa situação caótica. Para que não venhamos a ser atropelados pelos acontecimentos, sempre ilógicos e frutos do acaso, e não nos tornemos numa nova e moderna Babel, onde cada um fale uma linguagem diferente, defendendo apenas egoísticos interesses pessoais. E para que a violência urbana seja controlada e não descambe para o paroxismo.
Essa, convenhamos, não é uma tarefa fácil. Há, evidentemente, no País, comunidades urbanas de porte até maior do que a nossa e cujo crescimento é proporcionalmente mais elevado. Mas elas devem servir de exemplo daquilo que Campinas não pode e nem deve fazer. Ou seja, a maioria não conseguiu se adaptar a esses processos migratórios, desordenados, verificados em todo o Brasil a partir de quando começou a nossa fase de industrialização, no final dos anos 50, e hoje paga caro por essa omissão. Tais cidades têm que recuperar décadas de tempo perdido o que, convenhamos, é uma tarefa quase inviável num País ainda carente, embora em visível progresso, econômico e social.
Campinas, por seu lado, vem enfrentando satisfatoriamente essa situação. Com esforços inauditos das autoridades e da população, gera seus próprios recursos, quando possível, ou vale-se de empréstimos e de financiamentos, quando não, para evitar essa inchação desordenada. Para dotar os novos bairros que surgem pelo menos com equipamentos urbanos considerados indispensáveis à saúde e à segurança da população. Para providenciar escolas a esses adventícios, transportes, creches e até mesmo lazer. Enfim, para tratá-los como seres humanos carentes que são e não como meros números estatísticos.
Nesta tarefa gigantesca e modelar, as autoridades não devem, e nem podem, lutar sozinhas. É um esforço que deve envolver a todos nós, numa corrente de solidariedade e de civismo, para que, quando completarmos o nosso 250º aniversário, em 14 de julho de 2024, possamos olhar para trás e sentir o mesmo orgulho que sentimos hoje da nossa cidade. É por isso que Campinas não pode parar. Feliz aniversário, querida Cidade Princesa!!!!
Acompanhe-me pelo twitter: @bondaczuk
Pedro J. Bondaczuk
A cidade, que tanto amamos, Campinas, completa 237 anos, com as vistas voltadas para o futuro. Não parou para glorificar os feitos dos pioneiros que a fundaram e a transformaram neste magnífico centro de cultura, de tecnologia e de geração de riquezas. Continua trabalhando, mais e mais, para poder acolher condignamente às centenas de famílias que para cá continuam chegando, sonhando construir, aqui, os seus melhores projetos de vida.
Parodiando o velho slogan de São Paulo, a “Campinas de hoje não pode parar”. E nunca pára. Mas nem por isso esquece suas origens e a fé que moveu aqueles visionários de 1774, justamente cultuados em nossa memória e colocados como exemplos, para que no nosso cotidiano, às vezes amargo e frustrante, tenhamos idêntica determinação, na ingente conquista dos nossos propósitos, na construção de uma sociedade moderna, dotada de tudo o quanto a tecnologia desenvolveu para tornar mais fácil a vida das pessoas, mas sem jamais perder de vista que o homem, o cidadão em sua individualidade, é, e sempre deve ser, o sujeito e o destinatário dessas obras.
Nenhum indivíduo pode ser despido da sua dignidade, de um ser que tem “a imagem e a semelhança” de Deus, qualquer que seja sua origem ou condição social, para transformar-se num escravo de suas próprias (e de alheias) ambições.
Por isso, a cidade jamais descansa, visando prover recursos (sempre escassos face às necessidades) para investir em educação para o campineiro de amanhã. Para proporcionar-lhe saúde, segurança e promoção social, para que o próximo milênio não nos alcance numa situação caótica. Para que não venhamos a ser atropelados pelos acontecimentos, sempre ilógicos e frutos do acaso, e não nos tornemos numa nova e moderna Babel, onde cada um fale uma linguagem diferente, defendendo apenas egoísticos interesses pessoais. E para que a violência urbana seja controlada e não descambe para o paroxismo.
Essa, convenhamos, não é uma tarefa fácil. Há, evidentemente, no País, comunidades urbanas de porte até maior do que a nossa e cujo crescimento é proporcionalmente mais elevado. Mas elas devem servir de exemplo daquilo que Campinas não pode e nem deve fazer. Ou seja, a maioria não conseguiu se adaptar a esses processos migratórios, desordenados, verificados em todo o Brasil a partir de quando começou a nossa fase de industrialização, no final dos anos 50, e hoje paga caro por essa omissão. Tais cidades têm que recuperar décadas de tempo perdido o que, convenhamos, é uma tarefa quase inviável num País ainda carente, embora em visível progresso, econômico e social.
Campinas, por seu lado, vem enfrentando satisfatoriamente essa situação. Com esforços inauditos das autoridades e da população, gera seus próprios recursos, quando possível, ou vale-se de empréstimos e de financiamentos, quando não, para evitar essa inchação desordenada. Para dotar os novos bairros que surgem pelo menos com equipamentos urbanos considerados indispensáveis à saúde e à segurança da população. Para providenciar escolas a esses adventícios, transportes, creches e até mesmo lazer. Enfim, para tratá-los como seres humanos carentes que são e não como meros números estatísticos.
Nesta tarefa gigantesca e modelar, as autoridades não devem, e nem podem, lutar sozinhas. É um esforço que deve envolver a todos nós, numa corrente de solidariedade e de civismo, para que, quando completarmos o nosso 250º aniversário, em 14 de julho de 2024, possamos olhar para trás e sentir o mesmo orgulho que sentimos hoje da nossa cidade. É por isso que Campinas não pode parar. Feliz aniversário, querida Cidade Princesa!!!!
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