Saturday, July 30, 2011







Sementes do amanhã

Pedro J. Bondaczuk

Garimpo, diligente e pressuroso, diamantes
(que, como todos sabem, são eternos)
nos riachos translúcidos dos seus olhos,
fontes de enigmas, surpresas e mistérios.

Sacio a sede, insaciável , de afetos
em seus lábios, sensuais e cálidos.
Torno coloridos os cinzentos sonhos
que, longe de você, são sem vida, pálidos.

Sinto o magnetismo mágico das suas mãos.
Esqueço dores e desgostos, todos medos.
Entro em êxtase, pois deliro de paixão
sob o toque magnético dos seus dedos.

Delicio-me com a ambrósia dos deuses
que, sôfrego, sorvo da ânfora da sua boca.
Minha alma vaga pelos paramos infinitos,
longe do mundo, distante desta vida louca.

O sol desponta. Dilui a névoa trevosa.
Sua presença torna a desesperança vã.
Deposito, em seu ventre, terra generosa
as sementes redentoras do amanhã.

Amo-a, querida, sempre amei-a e amarei.
Você é, do meu mundo, a mais brilhante estrela.
Amo-a desde a origem, desde... quando? Nem sei!
Desde antes de conhecer-me e de conhecê-la!

Caminharei ao seu lado, ungido, com devoção,
felicíssimo por encontrar minha verdade,
seguro e convicto, guiado por sua mão,
a vida toda, além da morte, pela eternidade.

(Poema composto em Campinas, em 29 de julho de 2011)


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1 comment:

Mara Narciso said...

Merecer tais versos já destaca qualquer mulher da multidão.Lindo amor, belos versos!