Wednesday, July 20, 2011







PERFIL


REGINA DUARTE


Regina Duarte, em 23 anos de carreira artística, é uma das mais premiadas e completas atrizes dos nossos palcos e vídeos. E está fortemente ligada à nossa cidade, onde residiu e teve a sua primeira chance. Regina Duarte é natural de Franca, onde nasceu numa terça-feira gorda de Carnaval, em 5 de fevereiro de 1947. É, portanto, do signo de Aquário.
Sua primeira oportunidade surgiu quando fez, em Campinas, um teste para participar da peça “Auto da Compadecida”, em 1961, com Ariano Suassuna, quando tinha apenas 14 anos de idade. Não somente ganhou o papel, como também o Prêmio Governador do Estado desse ano, como atriz revelação. A partir daí, não parou mais de fazer sucesso, tanto na TV, como no teatro e no cinema. Fez tantos trabalhos, que este espaço não daria para mostrar sequer a metade deles.
A estréia de Regina Duarte em novelas deu-se na extinta TV Excelsior, com “A Deusa Vencida”. Nesta mesma emissora atuou, ainda, em “Minas de Prata”, “Os Fantoches”, “Terceiro Pecado” e “A Viagem”. Quando o canal 9 foi extinto, foi contratada pela Globo, onde fez uma quantidade impressionante de novelas. Foram tantas, que conseguimos nos lembrar, de memória, de apenas sete: “Irmãos Coragem”, “Sétimo Sentido”, “Selva de Pedra, “Fogo Sobre Terra”, “Nina”, “Carinhoso” e “Minha Doce Namorada”.
Sua consagração definitiva veio com o seriado “Malu Mulher”, que serviu, inclusive, de tema para várias teses de Sociologia e está sendo exibido em algumas dezenas de países, com crescente sucesso e que lhe valeu uma homenagem prestada pelos cubanos no ano passado. Atualmente, está gravando, através de uma empresa da qual é sócia, a minissérie “Joana”, que a Rede Manchete vai exibir em breve.
No teatro, foi a mesma coisa que em TV. Fez tantas peças que se torna impossível enumerar todas. Algumas delas foram: “A Megera Domada”, “Black-out”, “Romeu e Julieta”, “Reveillon”, “O Santo Inquérito” e “Concerto nº 1 Para Piano e Orquestra”. Fez, ainda, os filmes “O Homem do Subsolo”, “Capanga de Deus”, “Daniel” e “Chão Bruto”, entre outros, e o show “Regina Mon Amour”, no Canecão.
Da “namoradinha do Brasil” das suas novelas iniciais, à Malu Mulher e à empresária, Regina Duarte seguiu uma trajetória vitoriosa, de muitas lutas, muito sacrifício, mas onde revelou um inigualável talento, que a coloca entre as maiores atrizes de todos os tempos no panorama cultural brasileiro.

(Coluna escrita por mim, sem assinar, publicada na página 22, TV, do Correio Popular, em 3 de agosto de 1984).

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