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Boca quente
IMAGEM E MENSAGEM
Há ocasiões em que as imagens de determinados comerciais de TV acabam contradizendo a mensagem que o seu produtor quer passar ao público. Quando isso acontece, é claro, a comunicação entre o emissor e o receptor perde um pouco de sua força, deixando de atingir seu principal objetivo. É o caso de determinada chamada, mandada ao ar periodicamente pela TV Record, promovendo o novo LP de Cyro Aguiar.
O disco é muito bom, sem dúvida nenhuma, todo ele constituído de samba. O cantor é excelente sambista, com muito ritmo e balanço. E o repertório é dos mais felizes. Até aí, tudo bem.
Entretanto, o que chama a atenção do crítico, e certamente do telespectador, é a discrepância entre a música veiculada e a dança usada para ilustrar o comercial. Enquanto em primeiro plano aparece no vídeo Cyro Aguiar cantando um gostoso sambão, desses bem contagiantes, com o locutor frisando que no disco “de janeiro a janeiro é samba por inteiro”, um pouco mais ao fundo surge um autêntico dançarino de “break”, fazendo seus requebrados típicos, mas incompatíveis com o ritmo do cantor. Aí a gente passa a não entender mais nada. E o telespectador fica, nessas alturas, a perguntar aos seus botões: “Afinal, o LP de Cyro é de samba ou de break?”.
(Coluna escrita por mim, sem assinar, publicada na página 22, editoria TEVÊ, do Correio Popular, em 17 de outubro de 1984).
Acompanhe-me pelo twitter: @bondaczuk
IMAGEM E MENSAGEM
Há ocasiões em que as imagens de determinados comerciais de TV acabam contradizendo a mensagem que o seu produtor quer passar ao público. Quando isso acontece, é claro, a comunicação entre o emissor e o receptor perde um pouco de sua força, deixando de atingir seu principal objetivo. É o caso de determinada chamada, mandada ao ar periodicamente pela TV Record, promovendo o novo LP de Cyro Aguiar.
O disco é muito bom, sem dúvida nenhuma, todo ele constituído de samba. O cantor é excelente sambista, com muito ritmo e balanço. E o repertório é dos mais felizes. Até aí, tudo bem.
Entretanto, o que chama a atenção do crítico, e certamente do telespectador, é a discrepância entre a música veiculada e a dança usada para ilustrar o comercial. Enquanto em primeiro plano aparece no vídeo Cyro Aguiar cantando um gostoso sambão, desses bem contagiantes, com o locutor frisando que no disco “de janeiro a janeiro é samba por inteiro”, um pouco mais ao fundo surge um autêntico dançarino de “break”, fazendo seus requebrados típicos, mas incompatíveis com o ritmo do cantor. Aí a gente passa a não entender mais nada. E o telespectador fica, nessas alturas, a perguntar aos seus botões: “Afinal, o LP de Cyro é de samba ou de break?”.
(Coluna escrita por mim, sem assinar, publicada na página 22, editoria TEVÊ, do Correio Popular, em 17 de outubro de 1984).
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