Vídeo-História
ZILKA SALABERRY
Há dez anos, a atriz Zilka Salaberry, então com 57 anos de idade, vivia uma de suas personagens marcantes na TV, que refletia as mudanças que se processavam, em termos de mentalidade e de comportamento, em nossa sociedade. Foi a inesquecível Kiki Vassourada, na novela das 19 horas, da Rede Globo, “Corrida do Ouro”.
Para refrescar um pouco a memória do telespectador, a figura citada questionava, pela primeira vez na televisão, a imagem das mães fixada nass histórias da TV e do Cinema até então. Kiki era a autêntica “antimãe”. Abandonou a filha com alguns meses de vida, para que pudesse conservar a liberdade de ir e vir, freqüentar festas e percorrer o Brasil.
Trinta anos depois, resolveu voltar, para cumprir determinação expressa num testamento, que apenas conferia uma fortuna a cinco herdeiras (uma das quais, sua filha), após o cumprimento de cinco rígidas condições. Mas seu retorno não foi melodramático, cheio de arrependimentos, como seria de se esperar de uma mãe em novela.
Foi pilotando uma moto, vestindo calças compridas e usando uma linguagem de arrepiar os cabelos dos amantes de dramalhões. A personagem e, principalmente a interpretação dada por Zilka, são dignas de figurar em qualquer história séria que se queira contar da novela na TV brasileira.
(Coluna escrita por mim, sem assinar, publicada na página 22, editoria TEVÊ, do Correio Popular, em 7 de novembro de 1984).
Acompanhe-me pelo twitter: @bondaczuk
ZILKA SALABERRY
Há dez anos, a atriz Zilka Salaberry, então com 57 anos de idade, vivia uma de suas personagens marcantes na TV, que refletia as mudanças que se processavam, em termos de mentalidade e de comportamento, em nossa sociedade. Foi a inesquecível Kiki Vassourada, na novela das 19 horas, da Rede Globo, “Corrida do Ouro”.
Para refrescar um pouco a memória do telespectador, a figura citada questionava, pela primeira vez na televisão, a imagem das mães fixada nass histórias da TV e do Cinema até então. Kiki era a autêntica “antimãe”. Abandonou a filha com alguns meses de vida, para que pudesse conservar a liberdade de ir e vir, freqüentar festas e percorrer o Brasil.
Trinta anos depois, resolveu voltar, para cumprir determinação expressa num testamento, que apenas conferia uma fortuna a cinco herdeiras (uma das quais, sua filha), após o cumprimento de cinco rígidas condições. Mas seu retorno não foi melodramático, cheio de arrependimentos, como seria de se esperar de uma mãe em novela.
Foi pilotando uma moto, vestindo calças compridas e usando uma linguagem de arrepiar os cabelos dos amantes de dramalhões. A personagem e, principalmente a interpretação dada por Zilka, são dignas de figurar em qualquer história séria que se queira contar da novela na TV brasileira.
(Coluna escrita por mim, sem assinar, publicada na página 22, editoria TEVÊ, do Correio Popular, em 7 de novembro de 1984).
Acompanhe-me pelo twitter: @bondaczuk
No comments:
Post a Comment