VÍDEO HISTÓRIA

50 ANOS DA TV

Este ano que começa é muito importante para a história da televisão. E não apenas pelo 20º aniversário da Rede Globo. É que em 1985, se completam 50 anos da primeira emissão regular de TV, cuja estação inicial foi instalada na Torre Eiffel, Em Paris.

Em cinco décadas apenas, esse veículo tornou-se o mais importante de todos os usados em comunicações. Daquela isolada e acanhada estaçãozinha retransmissora na França, hoje a televisão passou a contar com 161.942, espalhadas por 136 países. Em todo o Planeta, apenas 32 Estados independentes não contam com canais próprios de TV.

Os que têm a maior quantidade de estações e de retransmissoras são, pela ordem, segundo dados de 1982: 1º) Japão, 5.505; 2º) União Soviética, 3.450; 3º) Itália, 1.379; 4º) Suíça, 1.219; 5º) Estados Unidos e Canadá, 1.045; 6º) Iugoslávia, 643; 7º) Suécia, 357; 8º) México, 198; 9º) França, 135 e 10º) Brasil, 119.

Quanto aos receptores, o crescimento foi muito mais espantoso. Em 1950, no mundo todo havia apenas 11 milhões de aparelhos de TV. Doze anos depois, essa quantidade passou a ser de 116 milhões. Em 1970, já chegava a 251 milhões, Atualmente, a cifra beira, tranqüilamente, a casa do um bilhão de receptores, sendo que apenas os Estados Unidos detêm 193 milhões, a União Soviética, 80 milhões e a China, 40 milhões.

A paternidade da televisão é atribuída ao britânico Willoughby Smith. Em 1873, esse pesquisador comprovou uma propriedade muito especial do elemento químico selênio: a de transformar energia luminosa em elétrica. Com isso, o cientista demonstrou ser possível realizar a transmissão de imagem eletricamente.

A primeira emissão de vídeo realizada na história ocorreu na década de 1920, através da experiência feita por John Logie Baird. Em 1930, o francês Renê Barthélemy fez funcionar o transmissor pioneira, que tinha onda de 180 metros. Hoje é possível fazer-se emissões de imagem de praticamente qualquer parte do universo a que o homem tenha acesso e consiga levar uma câmera. O desenvolvimento da TV foi, portanto, um dos saltos tecnológicos mais rápidos e mais notáveis que se conhece.

(Coluna escrita por mim, sem assinar, publicada na página 22, editoria TEVÊ, do Correio Popular, em 8 de janeiro de 1985).

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