Estátua mutilada
Pedro J. Bondaczuk
Magnífica estátua de mármore
perfeita na versão original,
ímpar apolíneo monumento
que a natureza, um dia, erigiu.
Por obra e desgraça do acaso,
a estátua que a vida esculpiu
com o místico cinzel do amor,
algo (ou alguém) deformou.
Mutilada, mantém a leveza,
marmórea estátua deformada,
paradoxal, “monstruosa” beleza
por linhas tortas realçada.
(Poema composto em Campinas, em 13 de setembro de 1967).
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