Embora a arte seja subjetiva e a ciência se caracterize pela objetividade, muitos cientistas exerceram, simultaneamente, a função de pesquisadores científicos e de escritores. Isaac Asimov foi um deles. Carl Sagan foi outro. E até Albert Einstein, o criador da Teoria da Relatividade, aventurou-se no campo das letras. Escreveu o memorável e precioso livro, “Como vejo o mundo”, em que demonstrou inegável talento de escritor. Paulo Mendes Campos escreveu, a respeito dessas duas disciplinas, na crônica “Palavras e frases”: “Ciência: brinquedo dos homens graves; arte: ciência dos homens crianças”. Concordo com o escritor mineiro, mas somente em parte. Ele dá a entender que essas duas formas de expressão do espírito são excludentes. Não são. São complementares. Prefiro a observação feita pelo filósofo norte-americano Will Durant, em seu clássico “Filosofia da Vida”, em que constata: “Arte sem ciência é pobreza, mas ciência sem arte é barbárie”.
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