Sou contrário aos neologismos e defendo a utilização correta das palavras que já existem no nosso idioma, de forma clara e oportuna. Vou mais longe: sou a favor que sejam utilizadas, sempre, aquelas mais conhecidas pela população (diria que são umas duas mil, se tanto). Escrever é um ato de comunicação, e mais complexo do que pode parecer aos desavisados. Mas para nos comunicarmos bem, temos, sobretudo, que ser entendidos por “todos”. Se alguém não entender alguma coisa que escrevemos, por causa de uma eventual mania de esbanjar erudição, fracassamos rotundamente em nosso texto, por mais sonoro e bem-arranjado que ele nos pareça. Roman Jakobson, um dos maiores comunicadores do século passado, escreveu: “Os termos novos são, muitas vezes, a doença infantil de uma nova ciência ou de um ramo novo de uma ciência. Prefiro evitar hoje termos novos em excesso. Por acaso, eu que já criei inúmeros neologismos, livrei-me dessa doença terminológica”.
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