Há quem entenda (erroneamente) que o direito de cidadania, de ir e vir, de votar e ser votado etc.etc.etc. é exclusivo dos que vivem em cidades. Esse é um equívoco que tem causado muitos males ao longo do tempo. O homem, em sua racionalidade e grandeza, é infinitamente mais importante do que o cidadão. Mesmo que eu viva no campo, ou em alguma montanha isolada e inacessível como um ermitão, ou em alguma ilha ou praia deserta, ninguém, seja quem for, tem o direito de interferir em minhas opções e de desrespeitar minha liberdade, desde que eu não prejudique ninguém. Esta deveria ser a lei das leis, a constituição natural de pessoas e povos. Concordo com Fernando Pessoa quando escreve: “O homem está acima do cidadão. Não há Estado que valha Shakespeare”. E não somente o bardo inglês, mas Shelley, Milton, Bach, Beethoven, Mozart, Rembrandt, Van Gogh, o próprio Pessoa e tantos e tantos outros gênios, que foram e são os gigantes da espécie.
No comments:
Post a Comment