A invenção da escrita possibilitou ao homem preservar idéias, sentimentos e experiências, que puderam ser passados de uma geração a outra. Isso, e apenas isso, permitiu a esse animal tão frágil superar os demais, muito mais fortes do que ele e dominar o planeta. A capacidade de entendimento e o raciocínio foram importantes, sem dúvida. Mas sem a escrita, o homem não teria como se desenvolver. As experiências de uma geração não poderiam ser transmitidas às que lhe sucedessem com eficácia. Seriam, na maior parte, perdidas e o processo de aprendizado teria que recomeçar quase do zero. Foi a escrita que possibilitou o desenvolvimento das artes e da ciência. André Malraux constata a propósito: “Cada uma das obras-primas é uma purificação do mundo. Mas sua lição comum é a da sua existência. E à vitória de cada artista sobre sua servidão reúne-se, num imenso desdobramento, a da arte sobre o destino da humanidade. A arte é um anti-destino”.
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