Devemos lutar a vida toda, até o último segundo da existência, por causas coletivas, que engrandeçam a coletividade, a espécie, a própria humanidade. As pessoas imprescindíveis são as que, ao morrer, deixam sua tarefa inconclusa. Mas não porque não se empenharam no seu cumprimento, e desperdiçaram o tempo em tolices, lazer ou “descanso”. Para descansar teremos a eternidade. São as que deixaram a tarefa inconclusa pela sua dimensão, por ser maior do que a própria vida. Li, há muitos anos, um pensamento de Berthold Brecht, que coloquei num quadro, em frente à minha escrivaninha de trabalho, que diz: “Há homens que lutam um dia e são bons. Há homens que lutam um ano e são muito bons. Há homens que lutam muitos anos e são melhores. Mas há os que lutam toda a vida: esses são imprescindíveis”. Em qual dessas categorias iremos nos inserir? Na última? Na primeira? Em nenhuma?
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