Contam os historiadores que a cidade de Tebas, no Egito (não confundir com a de mesmo nome na Grécia), que foi capital desse império numa de suas fases mais gloriosas, era tão vasta, que contava com cem portas em suas muralhas. Essa referência presta-se, a caráter, para uma comparação com a vida. Não raro, quando sofremos algum tropeço e, principalmente, quando perdemos alguma oportunidade, nos lamentamos e chegamos a abrir mão de todas as esperanças. Alguns, entregam-se ao desalento e, entre lamúrias e imprecações, se esquecem de viver. Não se dão conta que amanhã é outro dia, que pode nos trazer oportunidades até melhores do que as que perdemos. Machado de Assis, no conto “Viver!”, todavia nos lembra: “A vida, como a antiga Tebas, tem cem portas. Fechas uma, outras se abrirão”. O que temos é que estar atentos para não permitir que todas as cem portas se fechem, sem que consigamos entrar por pelo menos uma delas.
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