A cautela, sem dúvida, é uma virtude. Contudo, para adquirir essa característica, tem que ser (sempre) na medida certa. A ausência dela tende a nos conduzir a cometer loucuras, não raro irreparáveis. Mas seu excesso nos imobiliza, inibe e tolhe nossas ações. Descamba para a ociosidade, para a preguiça e para a covardia. Na vida não existe segurança absoluta, como, ademais, nenhuma outra coisa conta com essa característica definitiva. Se quisermos conquistar nossos ideais, e tornar concretos nossos sonhos, temos que correr riscos, posto que calculados. Temos que ser ousados, na medida certa, para obtermos êxito no que quer que seja, desde a conquista de um amor à construção de uma catedral. Voltaire nos lembra, com pertinência: “O sucesso sempre foi a criação da ousadia”. Ao que eu acrescentaria: o fracasso é o fruto azedo e podre do excesso de cautela.
No comments:
Post a Comment