Há uma lenda, muito antiga, que diz que os primeiros seres humanos tinham asas, a exemplo dos anjos, dos quais seriam uma subespécie. Podiam voar livremente, no céu azul, como os pássaros, cortando, ágeis e graciosos, o espaço. Todavia, ao se corromperem, sofreram profunda metamorfose e se transformaram nos pobres e rústicos bípedes, que hoje são. No entanto, contamos, ainda, com um instrumento muito mais ágil e perfeito do que as asas primitivas que, supostamente, perdemos. É ele que nos permite nos transportar, em frações de infinitésimos de segundos, para outros mundos, constelações e galáxias, aos confins do universo, onde instrumento humano algum jamais alcançou. E qual é esse miraculoso meio? Claro, é a imaginação! Daí concordar com o escritor Marcelo Rollemberg, que observou, em uma crônica: “Podemos ter perdido nossas asas, mas ainda sabemos voar”.
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