Nada há que se compare, em termos de genuíno prazer, à sensação de havermos cumprido o que nos cabia fazer. Ou seja, de termos feito nosso dever com diligência, afinco, dedicação e competência. Aliás, há outro, sim, e único. É a certeza de havermos realizado um bem, qualquer que seja, a algum semelhante – conhecido ou estranho, parente ou não –, que tenha qualquer necessidade (material ou espiritual): uma dádiva, um auxílio, uma palavra de apreço, uma orientação ou um exemplo. Cumprirmos nosso dever e fazermos o bem são fontes inesgotáveis de alegria. Quem duvidar, basta experimentar. São satisfações “democráticas”, ao alcance de todos, e não nos exigem nada de excepcional. Em contrapartida, nos dão compensação inigualável. Eduardo Girão constatou: “Há duas fontes perenes de alegria pura: o bem realizado e o dever cumprido”. Pena que tão poucos enxerguem o óbvio e prefiram apostar na cobiça, na inveja, no rancor e no egoísmo.
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