Pedro J. Bondaczuk
Dogmático e vazio,
pueril e vaidoso,
decrépito e azedo...
Foi essa a imagem
contundente, melancólica,
que a sinceridade (e o espelho)
me mostraram nesta manhã.
Não gosto da figura caricata
que o ridículo dia-a-dia
moldou em minha carcassa.
Repudio o monstro cínico
que a cruel realidade
talhou nessa imagem disforme.
A memória – esta sim preservada –
retorce-se em agonia,
sofrendo a angústia profunda
da perda da identidade.
De um ego perdido no tempo,
dos sentimentos dissimulados,
de um amor virginal e maiúsculo
que jaz manietado na escura
masmorra de um passado recente.
Estremunhando de sono,
visto minha máscara de cera
e, disfarçado em Dom Quixote,
saio à procura de mim!!
(Poema composto em Campinas, em 8 de maio de 1981).
Dogmático e vazio,
pueril e vaidoso,
decrépito e azedo...
Foi essa a imagem
contundente, melancólica,
que a sinceridade (e o espelho)
me mostraram nesta manhã.
Não gosto da figura caricata
que o ridículo dia-a-dia
moldou em minha carcassa.
Repudio o monstro cínico
que a cruel realidade
talhou nessa imagem disforme.
A memória – esta sim preservada –
retorce-se em agonia,
sofrendo a angústia profunda
da perda da identidade.
De um ego perdido no tempo,
dos sentimentos dissimulados,
de um amor virginal e maiúsculo
que jaz manietado na escura
masmorra de um passado recente.
Estremunhando de sono,
visto minha máscara de cera
e, disfarçado em Dom Quixote,
saio à procura de mim!!
(Poema composto em Campinas, em 8 de maio de 1981).
No comments:
Post a Comment