Por mais que nos empenhemos, jamais conseguiremos atingir, integralmente, todos os objetivos a que nos propusermos, mesmo que factíveis. Afinal, dependemos das oportunidades e de circunstâncias que fogem por completo ao nosso controle. Isso não deve, todavia, nos desanimar ou frustrar. Devemos aspirar, sempre, o impossível, o máximo, o perfeito e o absoluto e nos empenhar, com todas as nossas forças, para alcançar esse objetivo. E, em vez de frustração, por não termos conseguido o sucesso que aspiramos, o mais inteligente e sensato é comemorarmos, com alegria e gratidão, a conquista do possível. É uma descoberta que, quanto mais cedo for feita, mais decepções irá evitar. Fernando Pessoa chegou a essa óbvia constatação. E afirmou, em memorável texto: “Sou o intervalo entre o que sou e o que não sou, entre o que sonho e o que a vida fez de mim”. Pior do que não conquistarmos nossos objetivos é a certeza de que sequer lutamos por eles!
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