Nossos pensamentos mais íntimos e emoções mais profundas nos são absolutamente desconhecidos. Mesmo que relutemos em admitir, nos causam secreto temor. Evitamos de vasculhá-los, temerosos do que possamos descobrir. Trata-se, todavia, de atitude mais comum do que se pensa. O poeta Rainer-Marie Rilke indaga, em um de seus inspirados poemas: “Quem nunca esteve sentado, cheio de medo, diante da cortina do seu coração?” Todos temos, em algum momento, esses instantes de terror. Devemos, porém, descerrar essa cortina e dialogar com nossos “fantasmas”. Só assim poderemos extirpar da mente idéias potencialmente destrutivas e sentimentos nocivos, como a inveja, a cobiça e o egoísmo, entre tantos outros. De todas as coisas e pessoas que conhecemos (ou procuramos conhecer), o conhecimento mais importante que devemos buscar é o do ser mais próximo a nós: nós mesmos. Vençamos, pois, com coragem nossos temores e exorcizemos nossos fantasmas.
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