Boca quente


ROBERTO D’ÁVILA

Até os melhores apresentadores têm os seus momentos de distração no ar, que são percebidos por alguns poucos chatos (como nós). Foi o caso do excelente Roberto D’Ávila, da Rede Manchete, no seu programa “Diálogo” de semanas atrás.
Ele entrevistava, com a competência de costume, o economista Celso Furtado, paraibano de nascimento e um dos criadores da Sudene. Tudo corria bem até D’Ávila chegar próximo à última pergunta. O apresentador falava do Nordeste e queria que Celso Furtado desse uma definição sobre os problemas que afetam essa região. E indagou: “O senhor, como natural desse Estado...”, referindo-se ao Nordeste. É claro que ele sabe (e como”) que a região nordestina não é um Estado. Pouca gente notou a falha. Mas não há dúvida de que um breve cochilo levou D’Ávila a essa gafe que, aliás, todos nós estamos sujeitos de cometer.

(Coluna escrita por mim, sem assinar, publicada na página 22, editoria TEVÊ, do Correio Popular, em 1º de agosto de 1984).

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