À beira-mar
Pedro J. Bondaczuk
Sentado à beira mar.
Rocha estática.
Espumas molhando os pés.
Deus primitivo.
Vento ululante,
a sibilar, raivoso.
Sentado à beira mar,
olhando o mar,
sem, contudo, vê-lo,
era rocha estática,
protótipo de firmeza.
Passou o vento.
Passaram ondas.
Passaram horas.
Passaram dias,
meses, anos,
séculos, milênios,
mas nada mudou
na rocha imóvel.
O tempo, com seu
buril de escultor,
desgastando o fluido
e a matéria concreta,
com sua fúria insana
de destruição e caos,
poupou a rocha imóvel.
Sentado à beira mar,
com minhas tristezas
e sonhos falidos,
rocha estática,
eu era estátua
de pedra e sal
de um deus primitivo.
Acompanhe-me pelo twitter: @bondaczuk
Pedro J. Bondaczuk
Sentado à beira mar.
Rocha estática.
Espumas molhando os pés.
Deus primitivo.
Vento ululante,
a sibilar, raivoso.
Sentado à beira mar,
olhando o mar,
sem, contudo, vê-lo,
era rocha estática,
protótipo de firmeza.
Passou o vento.
Passaram ondas.
Passaram horas.
Passaram dias,
meses, anos,
séculos, milênios,
mas nada mudou
na rocha imóvel.
O tempo, com seu
buril de escultor,
desgastando o fluido
e a matéria concreta,
com sua fúria insana
de destruição e caos,
poupou a rocha imóvel.
Sentado à beira mar,
com minhas tristezas
e sonhos falidos,
rocha estática,
eu era estátua
de pedra e sal
de um deus primitivo.
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