Boca quente
EXERCÍCIO MASOQUISTA
Os esforços feitos pelas emissoras de TV para a cobertura das Olimpíadas de Los Angeles não correspondem à decepcionante (embora esperada) atuação dos brasileiros na terra de Tio Sam. À exceção do nosso futebol, beneficiado pelo fraquíssimo índice técnico revelado na modalidade por todos os competidores, pelo vôlei masculino, que até aqui vem dando conta do recado e fazendo o que dele se esperava, e do atletismo e natação, os demais não justificaram, até agora, a ida aos Estados Unidos.
Todo o mundo tem quatro anos para se preparar. É certo que nossos esportes amadores não contam com recursos, como os demais países. Mas não há dúvida, também, que, nos últimos tempos, graças à promoção da imprensa, embora estejamos vivendo na crista de uma crise econômica perversa, o apoio está sendo maior do que em outras oportunidades. Entretanto, o público, frustrado e até irritado, não sentiu qualquer evolução dos nossos atletas. Pelo contrário, chegamos a andar, em algumas modalidades, alguns passos para trás.
Esse é o caso, por exemplo, do nosso basquete masculino, que já chegou, em duas oportunidades, a trazer, para o Brasil, medalhas de bronze. O quinteto atual, composto por gente de reconhecida capacidade técnica e que já defendeu equipes de renome no exterior, teve exibições simplesmente ridículas. Parece, até, ao telespectador desavisado, um timinho de principiantes, tal a inabilidade que vem demonstrando diante de adversários que não são essas coisas.
Por tudo isso, o telespectador está mais é torcendo para as Olimpíadas acabarem logo, para poder voltar a acompanhar seus programas favoritos. Assistir aos jogos do Brasil, infelizmente, está se tornando, na verdade, um duro exercício de masoquismo. É sofrimento do primeiro ao derradeiro minuto de cada jogo.
(Coluna escrita por mim, sem assinar, publicada na página 50, editoria TEVÊ, do Correio Popular, em 5 de agosto de 1984).
Acompanhe-me pelo twitter: @bondaczuk
EXERCÍCIO MASOQUISTA
Os esforços feitos pelas emissoras de TV para a cobertura das Olimpíadas de Los Angeles não correspondem à decepcionante (embora esperada) atuação dos brasileiros na terra de Tio Sam. À exceção do nosso futebol, beneficiado pelo fraquíssimo índice técnico revelado na modalidade por todos os competidores, pelo vôlei masculino, que até aqui vem dando conta do recado e fazendo o que dele se esperava, e do atletismo e natação, os demais não justificaram, até agora, a ida aos Estados Unidos.
Todo o mundo tem quatro anos para se preparar. É certo que nossos esportes amadores não contam com recursos, como os demais países. Mas não há dúvida, também, que, nos últimos tempos, graças à promoção da imprensa, embora estejamos vivendo na crista de uma crise econômica perversa, o apoio está sendo maior do que em outras oportunidades. Entretanto, o público, frustrado e até irritado, não sentiu qualquer evolução dos nossos atletas. Pelo contrário, chegamos a andar, em algumas modalidades, alguns passos para trás.
Esse é o caso, por exemplo, do nosso basquete masculino, que já chegou, em duas oportunidades, a trazer, para o Brasil, medalhas de bronze. O quinteto atual, composto por gente de reconhecida capacidade técnica e que já defendeu equipes de renome no exterior, teve exibições simplesmente ridículas. Parece, até, ao telespectador desavisado, um timinho de principiantes, tal a inabilidade que vem demonstrando diante de adversários que não são essas coisas.
Por tudo isso, o telespectador está mais é torcendo para as Olimpíadas acabarem logo, para poder voltar a acompanhar seus programas favoritos. Assistir aos jogos do Brasil, infelizmente, está se tornando, na verdade, um duro exercício de masoquismo. É sofrimento do primeiro ao derradeiro minuto de cada jogo.
(Coluna escrita por mim, sem assinar, publicada na página 50, editoria TEVÊ, do Correio Popular, em 5 de agosto de 1984).
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