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O jornalista, filósofo e político francês, Raymond Aron, observou, com muita propriedade: "O compromisso é uma necessidade, não um valor". Sem ele, qualquer sociedade se transforma num amontoado de pessoas, num grupamento caótico, em que ninguém respeita a esfera do direito alheio. Parte da culpa pela erosão desse princípio básico de civilização cabe à educação, ou melhor se diria, à deseducação caracterizada por se rotular como "demodé" todos os valores tradicionais: a ética e o respeito mútuo entre as pessoas. Políticos fazem promessas em profusão, já sabendo de antemão que não poderão cumprir. Casais juram reciprocamente "amor eterno", esquecendo-se da própria efemeridade. Pessoas as mais diversas, muitas inclusive ostentando uma respeitabilidade que sequer possuem, empenham suas palavras de forma solene, para em seguida quebrá-las, negando, inclusive, que tenham assumido qualquer compromisso.
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