

Ai daquele que deixa o espírito envelhecer, que não renova idéias, informações, estilos e comportamentos! É posto de lado como objeto imprestável, sem uso, e perde o respeito até daqueles que gerou. Mesmo que essa atividade extemporânea esgote mais depressa as energias e abrevie a morte, é melhor assumir esse risco do que se tornar imprestável. Cesare Pavese, em uma de suas conferências, em 13 de junho de 1941, observou: "Se é possível lançar mão da analogia com o dia, a velhice é a idade mais aborrecida porque não se sabe mais o que fazer de si, como a noite, quando a faina diária está concluída". Isto, quando o espírito envelhece. Para evitar esse brutal tédio, é necessário que consideremos nossa tarefa sempre inconclusa. Que nunca venhamos a aposentar o nosso raciocínio, o nosso interesse pela vida, a nossa participação no mutirão para tentar civilizar a espécie. A missão do homem jamais se esgota.
No comments:
Post a Comment