Gosto do que faço e não troco essa satisfação tão simples por nenhuma outra das tantas que as pessoas procuram. Pouco importam minhas privações materiais se preencho minha vida de beleza. Nenhum sofrimento me abala se me alimento de poesia. Enquanto a maioria dos escritores tem como matéria-prima os becos escuros da alma, os sentimentos trágicos, os acontecimentos tétricos, os instintos selvagens ou os atos primitivos, prefiro concentrar-me no lado belo da existência. Gosto de tratar de emoções simples. A beleza está na simplicidade. Dizem que a felicidade é sem graça e não se presta à literatura. Puro engano. A morte, embora me atemorize, é que não me fascina. A violência, em todas as suas formas e manifestações, me causa repugnância. Amo a beleza, a solidariedade, a delicadeza.
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