O melhor caminho para chegarmos à sabedoria é o de não crermos em nada, aprioristicamente, até que tenhamos um mínimo de certeza a respeito. É ter sempre uma dúvida razoável a propósito de tudo. Mas não se pode estacionar, preguiçosamente, nela. Devemos, isto sim, procurar nos convencer do que ainda duvidamos, e concluir se é verdadeiro ou falso, mediante argumentos lógicos e raciocínio abrangente. Depois de convencidos, contudo, não há mais porque duvidar. Desse convencimento é que nasce a fé inabalável, das tais que operam maravilhas e até removem montanhas. A propósito, Arte e Ciência são as duas maiores e mais refinadas formas de expressão do espírito humano. A primeira caracteriza-se, sobretudo, pela subjetividade, ao contrário da segunda, que é, essencialmente, objetiva. Ou seja, o cientista só afirma o que pode comprovar em laboratório. Ao contrário do que muitos supõem, contudo, as duas atividades não são excludentes. Uma só pessoa pode ser, simultaneamente, artista e cientista. Nada a impede, a não ser o talento e o gosto.
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