Pedro J. Bondaczuk
O milésimo gol de Pelé, de pênalti, foi marcado no jogo em que o Santos venceu o Vasco da Gama por 2 a 1. Ocorreu em 19 de novembro de 1969, às 23h11, em um Maracanã lotado (público de 65.157 pagantes). O goleiro argentino Andrada quase estragou a festa, pois, por muito pouco, não defendeu a cobrança. Era a primeira vez na história do futebol profissional que um atleta atingia essa simbólica cifra. O feito ocorreu na 909ª partida que o maior jogador do mundo de todos os tempos disputava. Para chegar onde chegou, Pelé teve média de mais de um gol por jogo que disputou.
Passaram-se trinta e oito anos para que outro jogador repetisse o feito do atleta do século XX. A façanha, dessa vez, coube a Romário, o “rei da pequena área”, na vitória do Vasco da Gama sobre o Sport Recife por 3 a 1, em 20 de maio de 2007. A exemplo do milésimo gol de Pelé, o do Baixinho também foi de pênalti. E, igualmente, quase que o goleiro Magrão estragou a festa, no Estádio de São Januário. O curioso é que o Vasco da Gama esteve envolvido nas duas ocasiões. Em 1969, foi o time que sofreu o milésimo gol de Pelé. Em 2007, foi o que proporcionou ao seu atleta chegar a essa raríssima marca.
Passados quase 40 anos do feito do rei do futebol e pouco mais de dois da façanha de Romário, este humilde cronista vive, neste 24 de julho de 2009, às 14h47, guardadas as devidas proporções, emoção igual à vivida pelos dois notáveis atletas. Não fiz e nem estou para fazer algum evetual milésimo gol, longe disso. Aliás, nunca fiz nenhum em toda a minha vida. Meu feito, portanto, não é futebolístico e de nenhum outro esporte. É literário. Completo, nesta data, a milésima crônica que escrevo.
Poderia ter escrito muito mais, não houvesse me dedicado com tamanho afinco ao jornalismo – à edição e à redação de comentários de política internacional. Escrevi artigos que devem estar beirando o triplo do número de crônicas que estou atingindo hoje. Nem por isso, o feito que acabo de completar deixa de ser digno de comemoração (pelo menos a minha). Muito pelo contrário.
Para que o leitor tenha uma idéia do que representa essa cifra, basta dizer que, se reunisse todas minhas crônicas em livros, daria para publicar 33 volumes! É brincadeira? Não devo ser, provavelmente, recordista em volume de produção. Mas... poderei ser um dia. Por que não? Afinal, a “fonte” de tantos textos ainda não secou (e espero que não seque jamais).
Muitos poderão duvidar que eu tenha produzido tanto. Para esses, recomendo a leitura aqui do “O Escrevinhador”, onde todas as minhas crônicas estão estampadas e escancaradas. São textos bons? São médios? São sofríveis? Não sei! Esse tipo de julgamento não me compete fazer, mas somente a você, caríssimo leitor, que me acompanha há já tanto tempo.
Neste ínterim, meti meu bedelho em tudo quanto é assunto que se possa imaginar. Tratei desde literatura (minha grande paixão), a comportamento, sociologia, psicologia, meio-ambiente, filosofia e vai por aí afora. Isso tudo exigiu de mim muito estudo, férrea autodisciplina e, sobretudo, gosto pelo texto. Várias dessas crônicas circulam rede mundial afora, reproduzidas por inúmeros sites e blogs e não somente do Brasil, mas de vários outros países. Bendita internet!. Como se vê, espalho a todo o momento “pedaços” de mim por onde quer que passe sem saber quem os irá recolher.
Comparo estas mil crônicas ao céu estrelado que observei na semana passada (ontem não foi possível fazer isso, pois choveu à beça aqui em Campinas, onde resido). Do meu ângulo de visão, conseguia vislumbrar uma quantidade incontável de estrelas. Quantas eram? Jamais poderia dizer. Dez mil? Cem mil? Um milhão? Um bilhão? Sei lá! Mas consegui, por capricho, e com muita teimosia, contar pelo menos mil delas.
Embora fosse número restritíssimo em relação às que meu ângulo de visão conseguia abranger, esse total ocupava um espaço considerável, nem um pouco desprezível, do firmamento. Um milhar de textos pode significar muito pouco para quem lê. Possivelmente, por mais fiel que seja esse leitor, irá ler, quando muito, cinqüenta a cem das minhas crônicas. Mas para quem escreve...
Antes que alguém me cobre, explico a razão de haver intitulado estas considerações de “Mil e uma estrelas”. “Por que não mil?”, perguntará o sujeito chato, já que é esta a cifra que ora alcanço. Porque já estou “fermentando” no cérebro a milésima primeira crônica, a que será escrita amanhã, dando início, assim, a um novo desafio: o de atingir a bimilésima em tempo infinitamente mais curto do que aquele que levei para chegar ao número que acabarei de completar assim que colocar um ponto final nesta oração.
O milésimo gol de Pelé, de pênalti, foi marcado no jogo em que o Santos venceu o Vasco da Gama por 2 a 1. Ocorreu em 19 de novembro de 1969, às 23h11, em um Maracanã lotado (público de 65.157 pagantes). O goleiro argentino Andrada quase estragou a festa, pois, por muito pouco, não defendeu a cobrança. Era a primeira vez na história do futebol profissional que um atleta atingia essa simbólica cifra. O feito ocorreu na 909ª partida que o maior jogador do mundo de todos os tempos disputava. Para chegar onde chegou, Pelé teve média de mais de um gol por jogo que disputou.
Passaram-se trinta e oito anos para que outro jogador repetisse o feito do atleta do século XX. A façanha, dessa vez, coube a Romário, o “rei da pequena área”, na vitória do Vasco da Gama sobre o Sport Recife por 3 a 1, em 20 de maio de 2007. A exemplo do milésimo gol de Pelé, o do Baixinho também foi de pênalti. E, igualmente, quase que o goleiro Magrão estragou a festa, no Estádio de São Januário. O curioso é que o Vasco da Gama esteve envolvido nas duas ocasiões. Em 1969, foi o time que sofreu o milésimo gol de Pelé. Em 2007, foi o que proporcionou ao seu atleta chegar a essa raríssima marca.
Passados quase 40 anos do feito do rei do futebol e pouco mais de dois da façanha de Romário, este humilde cronista vive, neste 24 de julho de 2009, às 14h47, guardadas as devidas proporções, emoção igual à vivida pelos dois notáveis atletas. Não fiz e nem estou para fazer algum evetual milésimo gol, longe disso. Aliás, nunca fiz nenhum em toda a minha vida. Meu feito, portanto, não é futebolístico e de nenhum outro esporte. É literário. Completo, nesta data, a milésima crônica que escrevo.
Poderia ter escrito muito mais, não houvesse me dedicado com tamanho afinco ao jornalismo – à edição e à redação de comentários de política internacional. Escrevi artigos que devem estar beirando o triplo do número de crônicas que estou atingindo hoje. Nem por isso, o feito que acabo de completar deixa de ser digno de comemoração (pelo menos a minha). Muito pelo contrário.
Para que o leitor tenha uma idéia do que representa essa cifra, basta dizer que, se reunisse todas minhas crônicas em livros, daria para publicar 33 volumes! É brincadeira? Não devo ser, provavelmente, recordista em volume de produção. Mas... poderei ser um dia. Por que não? Afinal, a “fonte” de tantos textos ainda não secou (e espero que não seque jamais).
Muitos poderão duvidar que eu tenha produzido tanto. Para esses, recomendo a leitura aqui do “O Escrevinhador”, onde todas as minhas crônicas estão estampadas e escancaradas. São textos bons? São médios? São sofríveis? Não sei! Esse tipo de julgamento não me compete fazer, mas somente a você, caríssimo leitor, que me acompanha há já tanto tempo.
Neste ínterim, meti meu bedelho em tudo quanto é assunto que se possa imaginar. Tratei desde literatura (minha grande paixão), a comportamento, sociologia, psicologia, meio-ambiente, filosofia e vai por aí afora. Isso tudo exigiu de mim muito estudo, férrea autodisciplina e, sobretudo, gosto pelo texto. Várias dessas crônicas circulam rede mundial afora, reproduzidas por inúmeros sites e blogs e não somente do Brasil, mas de vários outros países. Bendita internet!. Como se vê, espalho a todo o momento “pedaços” de mim por onde quer que passe sem saber quem os irá recolher.
Comparo estas mil crônicas ao céu estrelado que observei na semana passada (ontem não foi possível fazer isso, pois choveu à beça aqui em Campinas, onde resido). Do meu ângulo de visão, conseguia vislumbrar uma quantidade incontável de estrelas. Quantas eram? Jamais poderia dizer. Dez mil? Cem mil? Um milhão? Um bilhão? Sei lá! Mas consegui, por capricho, e com muita teimosia, contar pelo menos mil delas.
Embora fosse número restritíssimo em relação às que meu ângulo de visão conseguia abranger, esse total ocupava um espaço considerável, nem um pouco desprezível, do firmamento. Um milhar de textos pode significar muito pouco para quem lê. Possivelmente, por mais fiel que seja esse leitor, irá ler, quando muito, cinqüenta a cem das minhas crônicas. Mas para quem escreve...
Antes que alguém me cobre, explico a razão de haver intitulado estas considerações de “Mil e uma estrelas”. “Por que não mil?”, perguntará o sujeito chato, já que é esta a cifra que ora alcanço. Porque já estou “fermentando” no cérebro a milésima primeira crônica, a que será escrita amanhã, dando início, assim, a um novo desafio: o de atingir a bimilésima em tempo infinitamente mais curto do que aquele que levei para chegar ao número que acabarei de completar assim que colocar um ponto final nesta oração.
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