Qualquer tipo de renúncia é doloroso, não há como negar. Ainda mais quando afeta, diretamente, nosso ego. Mas não raro, esta se faz não somente necessária, como indispensável. E este é um desses casos. É disso que tratam estes versos com que o poeta piracicabano, Pedro Morato Krahenbuhl, abre o poema “Voto”: “Corrompe-te um vício de humanidade.//Se teu verso repousar na pedra,/na cúpula do tempo ressoar,/gradua-lhe o tom de eternidade,/em poeira e renúncia”. Confio no poder da auto-sugestão. Já vi pessoas fazerem maravilhas ao se convencerem que poderiam obter sucesso em suas atividades, quando todos os prognósticos lhes eram contrários. Nas recentes Olimpíadas de Pequim, vários atletas se superaram, e venceram os favoritos, estabelecendo recordes olímpicos e mundiais de suas modalidades, porque, além do devido preparo (indispensável, claro, para quem queira vencer em qualquer coisa), se convenceram de que poderiam surpreender a todos. E surpreenderam.
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