O aprendizado e a compreensão nem sempre (ou quase nunca) andam juntos, de mãos dadas, embora haja quem os considere sinônimos. Evidentemente, não são. Podemos, por exemplo, aprender a operar determinada máquina (um computador, para citar a mais comum), sem que compreendamos, sequer minimamente, a razão do seu funcionamento, ou seja, seu hardware e seu software. O mesmo ocorre em relação a inúmeros outros processos, trabalhos, mecanismos e conceitos, nas mais variadas atividades e na própria vida. Vivemos aprendendo, aprendendo e aprendendo, diariamente, do berço à tumba, mas, na maioria das vezes, sem compreender significados e necessidades. Caso sejamos bem-educados, por termos nascido em lares sadios e bem-estruturados, em que reinem o amor e a cooperação, ensinam-nos, em tenra idade ainda, que devemos ser corteses, amáveis, justos e respeitadores intransigentes dos direitos alheios. Aprendemos tudo isso mesmo sem compreender a razão. A compreensão do por que isso é preciso, nos relacionamentos – quer familiares, quer sociais, quer profissionais – só vamos conseguir (e isso quando conseguimos) muitos anos depois. Alguns, por um motivo ou outro, jamais compreendem.
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